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Carioca que assessora bancos e governos diz que Brasil está perdendo oportunidades na África

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Formado em Direito, Bernardo Weaver foi seduzido pelo mercado financeiro logo no início da vida profissional. O sotaque não nega: ele é “da gema”. O primeiro emprego do carioca foi em um banco e ele acabou se tornando um financista. Fez MBA em Finanças nos Estados Unidos, onde mora há 20 anos.

Vinícius Assis, correspondente da RFI na África do Sul

Weaver já trabalhou para o Banco Mundial, desenvolveu projetos em países europeus e latino-americanos, o que ele considera marcante na própria carreira. Também deixou seus conselhos pelo Oriente Médio. Há três anos fundou a própria empresa para prestar consultoria a bancos e governos, inclusive na África.

O primeiro país do segundo continente mais populoso do planeta onde atuou foi Moçambique, em 2014. “Foi um lugar que me marcou muito. Mostra a grandeza do nosso povo, o quanto a gente fez e o quanto a gente ainda pode fazer enquanto brasileiro”, disse. Em geral, os moçambicanos se identificam muito com o Brasil. Costumam ser muito bem informados sobre os artistas e também a economia brasileira.

No interior do Senegal, em uma cidade chamada Ziguinchor, ele diz que conheceu também pessoas vindas de Guiné-Bissau, outro dos seis países africanos de língua portuguesa. “É uma região linda”, destacou, apesar de se lembrar dos desafios enfrentados pelos locais, como conflitos internos. “Acho que está mais calmo. Vale a pena visitar, sim”, ressaltou.

O trabalho em Moçambique foi até 2019. “Eu estava ajudando governos municipais a aumentarem suas arrecadações, a diminuir a pressão fiscal que eles sofrem”, explicou. Dois grandes desafios de cidades africanas são moradias irregulares e a inadimplência de impostos, sem falar na grande dependência que municípios têm de repasses de verbas nacionais. “É melhor que as cidades tenham suas próprias fontes de receita e, com isso, os governos nacionais terão mais capacidade de pagar suas dívidas, investir em infraestrutura e melhorar o desenvolvimento econômico e a produtividade do país”, disse.

A Mauritânia foi outra nação onde ele trabalhou, também no noroeste africano, como o Senegal, país, aliás, que o brasileiro diz ser o mais avançado dos dois. “A Mauritânia é um país muito menos desenvolvido, país muçulmano muito radical. Mulheres usam burca, você não pode tocar nelas”, contou, comparando este país que fica na região do deserto do Saara e também é banhado pelo oceano Atlântico com a Turquia, onde “mulheres usam calça jeans e andam sem véu no cabelo”.

Infraestrutura sanitária deficiente requer investimentos

No Senegal e na Mauritânia, ele analisou os sistemas de gestão de coleta de lixo para encontrar meios de fazer este tipo de trabalho com menos impacto danoso no meio ambiente. O objetivo também era aumentar a extensão da coleta e diminuir a insalubridade urbana, com um sistema de coleta de lixo eficiente. “O deles não era. Havia muita sujeira e lixão a céu aberto, o que gera doenças e cria um aspecto visual e econômico depreciado para a cidade”, disse.

Ao detalhar o trabalho, o brasileiro contou que “fazia o modelo financeiro, via quanto ia custar os caminhões, fez um plano dentro das cidades para ter pontos de transferência para o lixo poder chegar ao aterro sanitário e ao centro de reciclagem para que pudesse ser disposto de forma ecologicamente correta”.

Mercado de ações na Etiópia

O último desafio está sendo criar um mercado de ações na Etiópia, um país de 120 milhões de habitantes sem praça financeira. O carioca vê a Etiópia como "um país que está meio perdido no mundo, em termos de relações políticas internacionais”. Neste aspecto, Weaver destaca uma possibilidade que o Brasil está perdendo, já que nos últimos anos veio se distanciando do continente africano.

“O Brasil, que é um país que está isolado atualmente, podia chegar ali, botar um pouquinho de dinheiro e ia conseguir tudo. É o que os chineses estão conseguindo. E a gente tem uma afinidade cultural com eles um milhão de vezes maior. O pessoal da Etiópia parece 80% da população brasileira fisicamente”, disse.

Ele afirma que poderia passar horas dando argumentos favoráveis a quem quer que seja sobre as possibilidades de investimentos no continente africano e na Etiópia, apesar do país enfrentar uma guerra civil, no norte, e estar na região chamada de o chifre da África, que sofre com a pior seca em 40 anos. “É quase impossível nāo ter (alguma oportunidade). Sempre tem alguma coisa”, frisou.

“O mercado de ações da Etiópia certamente vai ter uma volatilidade muito grande no início, mas tem muitas empresas boas lá: a estatal de aviação é boa, a empresa de telecomunicações é boa, várias outras que estarão na bolsa de valores. É uma oportunidade tremenda para o Brasil ter um pé na África”, aposta.

O Banco Central etíope quer agora a fusão de bancos locais para que possam enfrentar a concorrência do mercado internacional. “Se a Etiópia abre o mercado financeiro com bancos fracos, os bancos europeus e os dos países mais ricos da África vão entrar e destruir tudo, eles têm que se defender, com o fortalecimento do setor bancário. Foi o que eu falei para os diretores do Banco Central. Não sei se eles acataram ou tiveram a mesma ideia”, falou.

De um modo geral, Weaver ressaltou que a “África é um lugar com potencial absurdo”, garantindo que a probabilidade de se conseguir bons projetos nesta região é grande. Ele repete que a China está aproveitando muitas oportunidades no continente. “O Brasil devia dar uma olhada lá para ver se tem alguma coisa que serve para o país”, salientou. Ele reforça que não diz isso com base em opinião, mas respaldado matematicamente. “É técnico! Muito difícil uma pessoa me provar que estou errado. Obviamente tem algo para fazer ali. Tem que analisar e ver se te interessa ou não”, disse.

Assim como no continente americano, o brasileiro destaca que os países africanos também são diferentes. Rebate as críticas dos que olham para África como uma região hostil e violenta. “Para quem cresceu no Rio de Janeiro e em São Paulo, não existe ter medo de ir para o continente africano por causa da violência. No Brasil alguém te mata para roubar seu celular”, justifica.

Sem exploração colonial

Ele reconhece que “obviamente há crime”, mas diz que se sente totalmente seguro nas capitais dos países por onde passou. Por fim, Weaver defende que a elite intelectual do Brasil precisa se aproximar do continente africano. Ao falar em possibilidades de investimento, explica que isso não precisa necessariamente seguir um modelo colonial de exploração.

“Se o Brasil conseguir investir, criar fábricas na África, a produtividade deles (países africanos) cresce muito mais. Obviamente o brasileiro que investir tem uma probabilidade alta de ganhar dinheiro, mas isso vai ajudar a desenvolver muito a África. Ao contrário dos países que tiram muita vantagem, é possível fazer algo mais equilibrado, adotar uma posição mais de parceria, o que sempre foi o norte do meu trabalho na África”, disse.

Para o consultor, viajar para o continente a passeio é o primeiro passo para quem quer investir em um país africano. “Você vai para a África, experimenta uma cultura nova, lugar lindíssimo, um povo maravilhoso e gente de tudo quanto é tipo. Pega um avião e vai fazer turismo”, recomenda.

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Formado em Direito, Bernardo Weaver foi seduzido pelo mercado financeiro logo no início da vida profissional. O sotaque não nega: ele é “da gema”. O primeiro emprego do carioca foi em um banco e ele acabou se tornando um financista. Fez MBA em Finanças nos Estados Unidos, onde mora há 20 anos.

Vinícius Assis, correspondente da RFI na África do Sul

Weaver já trabalhou para o Banco Mundial, desenvolveu projetos em países europeus e latino-americanos, o que ele considera marcante na própria carreira. Também deixou seus conselhos pelo Oriente Médio. Há três anos fundou a própria empresa para prestar consultoria a bancos e governos, inclusive na África.

O primeiro país do segundo continente mais populoso do planeta onde atuou foi Moçambique, em 2014. “Foi um lugar que me marcou muito. Mostra a grandeza do nosso povo, o quanto a gente fez e o quanto a gente ainda pode fazer enquanto brasileiro”, disse. Em geral, os moçambicanos se identificam muito com o Brasil. Costumam ser muito bem informados sobre os artistas e também a economia brasileira.

No interior do Senegal, em uma cidade chamada Ziguinchor, ele diz que conheceu também pessoas vindas de Guiné-Bissau, outro dos seis países africanos de língua portuguesa. “É uma região linda”, destacou, apesar de se lembrar dos desafios enfrentados pelos locais, como conflitos internos. “Acho que está mais calmo. Vale a pena visitar, sim”, ressaltou.

O trabalho em Moçambique foi até 2019. “Eu estava ajudando governos municipais a aumentarem suas arrecadações, a diminuir a pressão fiscal que eles sofrem”, explicou. Dois grandes desafios de cidades africanas são moradias irregulares e a inadimplência de impostos, sem falar na grande dependência que municípios têm de repasses de verbas nacionais. “É melhor que as cidades tenham suas próprias fontes de receita e, com isso, os governos nacionais terão mais capacidade de pagar suas dívidas, investir em infraestrutura e melhorar o desenvolvimento econômico e a produtividade do país”, disse.

A Mauritânia foi outra nação onde ele trabalhou, também no noroeste africano, como o Senegal, país, aliás, que o brasileiro diz ser o mais avançado dos dois. “A Mauritânia é um país muito menos desenvolvido, país muçulmano muito radical. Mulheres usam burca, você não pode tocar nelas”, contou, comparando este país que fica na região do deserto do Saara e também é banhado pelo oceano Atlântico com a Turquia, onde “mulheres usam calça jeans e andam sem véu no cabelo”.

Infraestrutura sanitária deficiente requer investimentos

No Senegal e na Mauritânia, ele analisou os sistemas de gestão de coleta de lixo para encontrar meios de fazer este tipo de trabalho com menos impacto danoso no meio ambiente. O objetivo também era aumentar a extensão da coleta e diminuir a insalubridade urbana, com um sistema de coleta de lixo eficiente. “O deles não era. Havia muita sujeira e lixão a céu aberto, o que gera doenças e cria um aspecto visual e econômico depreciado para a cidade”, disse.

Ao detalhar o trabalho, o brasileiro contou que “fazia o modelo financeiro, via quanto ia custar os caminhões, fez um plano dentro das cidades para ter pontos de transferência para o lixo poder chegar ao aterro sanitário e ao centro de reciclagem para que pudesse ser disposto de forma ecologicamente correta”.

Mercado de ações na Etiópia

O último desafio está sendo criar um mercado de ações na Etiópia, um país de 120 milhões de habitantes sem praça financeira. O carioca vê a Etiópia como "um país que está meio perdido no mundo, em termos de relações políticas internacionais”. Neste aspecto, Weaver destaca uma possibilidade que o Brasil está perdendo, já que nos últimos anos veio se distanciando do continente africano.

“O Brasil, que é um país que está isolado atualmente, podia chegar ali, botar um pouquinho de dinheiro e ia conseguir tudo. É o que os chineses estão conseguindo. E a gente tem uma afinidade cultural com eles um milhão de vezes maior. O pessoal da Etiópia parece 80% da população brasileira fisicamente”, disse.

Ele afirma que poderia passar horas dando argumentos favoráveis a quem quer que seja sobre as possibilidades de investimentos no continente africano e na Etiópia, apesar do país enfrentar uma guerra civil, no norte, e estar na região chamada de o chifre da África, que sofre com a pior seca em 40 anos. “É quase impossível nāo ter (alguma oportunidade). Sempre tem alguma coisa”, frisou.

“O mercado de ações da Etiópia certamente vai ter uma volatilidade muito grande no início, mas tem muitas empresas boas lá: a estatal de aviação é boa, a empresa de telecomunicações é boa, várias outras que estarão na bolsa de valores. É uma oportunidade tremenda para o Brasil ter um pé na África”, aposta.

O Banco Central etíope quer agora a fusão de bancos locais para que possam enfrentar a concorrência do mercado internacional. “Se a Etiópia abre o mercado financeiro com bancos fracos, os bancos europeus e os dos países mais ricos da África vão entrar e destruir tudo, eles têm que se defender, com o fortalecimento do setor bancário. Foi o que eu falei para os diretores do Banco Central. Não sei se eles acataram ou tiveram a mesma ideia”, falou.

De um modo geral, Weaver ressaltou que a “África é um lugar com potencial absurdo”, garantindo que a probabilidade de se conseguir bons projetos nesta região é grande. Ele repete que a China está aproveitando muitas oportunidades no continente. “O Brasil devia dar uma olhada lá para ver se tem alguma coisa que serve para o país”, salientou. Ele reforça que não diz isso com base em opinião, mas respaldado matematicamente. “É técnico! Muito difícil uma pessoa me provar que estou errado. Obviamente tem algo para fazer ali. Tem que analisar e ver se te interessa ou não”, disse.

Assim como no continente americano, o brasileiro destaca que os países africanos também são diferentes. Rebate as críticas dos que olham para África como uma região hostil e violenta. “Para quem cresceu no Rio de Janeiro e em São Paulo, não existe ter medo de ir para o continente africano por causa da violência. No Brasil alguém te mata para roubar seu celular”, justifica.

Sem exploração colonial

Ele reconhece que “obviamente há crime”, mas diz que se sente totalmente seguro nas capitais dos países por onde passou. Por fim, Weaver defende que a elite intelectual do Brasil precisa se aproximar do continente africano. Ao falar em possibilidades de investimento, explica que isso não precisa necessariamente seguir um modelo colonial de exploração.

“Se o Brasil conseguir investir, criar fábricas na África, a produtividade deles (países africanos) cresce muito mais. Obviamente o brasileiro que investir tem uma probabilidade alta de ganhar dinheiro, mas isso vai ajudar a desenvolver muito a África. Ao contrário dos países que tiram muita vantagem, é possível fazer algo mais equilibrado, adotar uma posição mais de parceria, o que sempre foi o norte do meu trabalho na África”, disse.

Para o consultor, viajar para o continente a passeio é o primeiro passo para quem quer investir em um país africano. “Você vai para a África, experimenta uma cultura nova, lugar lindíssimo, um povo maravilhoso e gente de tudo quanto é tipo. Pega um avião e vai fazer turismo”, recomenda.

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